António Costa é recebido hoje por aquele que é visto como o guardião das chaves do espaço celeste – o Papa Francisco. Apesar de a deslocação do primeiro-ministro ao Vaticano servir para agradecer ao Sumo Pontífice, pela escolha de Lisboa como sede da recente Jornada Mundial da Juventude, a data não poderia calhar melhor, já que acontece no mesmo dia em que o Governo aprova a privatização da TAP, com a justificação de que é esse o passo necessário para a manter nos céus.
Do Conselho de Ministros desta quinta-feira (e como Costa fez saber no Parlamento, no debate da moção de censura apresentada pelo Chega) não sairá mais um estado de alma dos socialistas sobre o futuro da companhia aérea bandeira, mas um decreto que revelará aos portugueses se a privatização acontece pela metade ou se na totalidade – e, já agora, a justificação para tal. Pelo menos, foi isso que deixou escapar Luís Rodrigues, o CEO da empresa desde há cinco meses, na cimeira internacional sobre aviação, que decorre na FIL.