Carlos Sainz Jr. arrecadou ontem o primeiro lugar no Grande Prémio de Singapura, um dos mais difíceis circuitos da temporada de Fórmula 1. Não por ser a única corrida noturna, mas pela pista sinuosa, as curvas apertadas e as condições atmosféricas: é fácil o cockpit chegar aos 60 ºC (imagine os pilotos na sauna mas vestidos com equipamento de proteção), num percurso em que qualquer erro custa muitos segundos (e pontos) e onde os pilotos chegam a perder 3kg por corrida. A Ferrari voltou assim ao pódio, e acalmou os ânimos dos fãs da modalidade que viram Max Verstappen, da Red Bull, conquistar 10 vitórias consecutivas, num feito nunca visto na F1 – na prova de ontem a Red Bull ficou a meio da tabela, com o bicampeão Verstappen a garantir ‘apenas’ o quinto lugar. O tricampeonato não lhe deverá fugir, mas pelo menos as contas ficam mais difíceis de fazer. Na mesma corrida, os britânicos Lando Norris (McLaren) e Lewis Hamilton (Mercedes) ocuparam os restantes degraus do pódio, ficando em 2.º e o 3.º lugar, respetivamente, depois de George Russel (Mercedes) ter batido com o carro na volta final da corrida. O 3.º lugar seria seu se um erro não o tivesse feito perder tudo.
Mas por que razão estou eu a falar de Fórmula 1 neste início de semana se, eventualmente, o nosso caro leitor nem se interessa por corridas de carros – e se se interessar, já terá visto tudo ontem?
Porque acredito que corridas como as deste domingo nos dão alguns ensinamentos que são válidos para o nosso dia-a-dia, para a nossa vida em sociedade, e para um País mais competitivo. Portanto, peço-lhe que não desista já e que me acompanhe aqui no raciocínio.