Tendemos a imaginar a “contraofensiva”, talvez influenciados pelos muitos filmes e séries sobre guerras que já vimos, como uma batalha difícil mas certeira e explosiva contra uma posição inimiga bem definida. Vista daqui, do outro extremo da Europa, as coisas podem parecer mais simples do que são e por vezes esquecemos que a atual guerra entra a Rússia e a Ucrânia se desenvolve em cenários a centenas ou milhares de quilómetros uns dos outros, em pontos que tão depressa parecem estratégicos como secundários ( como Bakhmut que custou muitas vidas e destruição ao longo de meses mas não fez mudar nada de essencial no conflito).
Tem sido dito que a “contraofensiva” ucraniana pode acontecer hoje, amanhã, depois de amanhã, em breve ou lá mais para o verão. Enquanto se espera, com alguma óbvia dificuldade dos dois lados em reforçar os efetivos militares e armamento, a guerra à distância, com drones, tem assumido protagonismo. Ontem, pela primeira vez, houve ataques em zonas civis de Moscovo, sem que seja ainda claro de onde partiram os drones e por quem eram comandados