Encerrado o primeiro capítulo do trajeto do treinador Roberto Martinez na condição de selecionador nacional de futebol, o balanço que há a fazer é só um: a coisa promete. É verdade que os adversários eram pouco exigentes, mas aquilo a que se assistiu foi, a meu ver, muito para lá das duas goleadas. Tal como nada tem a ver com o “ar fresco” que Cristiano Ronaldo se apressou a identificar, uma observação desnecessária e deselegante, prontamente desmentida por vários colegas, e que só encontra sentido no habitual egocentrismo do capitão e na sua atual satisfação pessoal por não ter de enfrentar Fernando Santos. Foram, isso sim, sinais de que a mudança de selecionador pode, enfim, ser mesmo um ponto de viragem para o futebol da equipa nacional. Se quiserem, o tal momento em que Portugal deixa de ser a equipa cuja a estratégia para a vitória passa primordialmente por não sofrer golos, para entrar no lote de seleções para quem a busca do golo é o caminho mais curto e seguro para o sucesso. Resta esperar que o futuro venha a confirmar esta ideia e que as duas vitórias folgadas frente a Liechtenstein e Luxemburgo não tenham sido apenas um “ar” dos tempos.
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