O apoio alimentar foi o serviço mais procurado pela comunidade apoiada pela Assistência Médica Internacional (AMI) portuguesa, no primeiro semestre deste ano.
Os pedidos de géneros alimentares ascenderam aos 57%. Os refeitórios da instituição serviram mais de 91 mil pessoas e foram distribuídas quase 7 mil refeições ao domicílio.
Os dados provisórios do balanço da atividade da organização mostram que a crise social se tem vindo a agudizar. Os 12 centros sociais da AMI (Centros Porta Amiga e Abrigos) apoiaram 10 mil pessoas nos primeiros seis meses do ano, mais 10% do que em igual período do ano passado.
Se comparados com 2009, os números mostram que os pedidos de ajuda duplicaram em três anos.
Não surpreende, por isso, que um quarto das solicitações venha de pessoas que recorrem ao apoio social pela primeira vez.
Ao fazer o retrato da população apoiada, a AMI descobriu que 68% das pessoas que procuram a organização estão em idade ativa, 25% são menores de 16 anos e 7% têm mais de 65 anos.
O desemprego é o principal motivo para recorrerem à associação, já que 75% dos beneficiários não exerce qualquer atividade profissional.