Crie e cumpra regras
Redijam em conjunto regras sobre a utilização de ecrãs, com limites consistentes, prioridades, recompensas e castigos. Uma espécie de contrato digital, escrito e assinado por todos, para ser mantido à vista. Quanto mais cedo o fizer, melhor.
Mantenha-se informado
Faça pesquisas sobre temas que não domina ou procure workshops e formações sobre parentalidade digital. Saiba quais os conteúdos e tempos de visualização apropriados para cada idade. Existem organizações, como a Common Sense, que fazem esse tipo de avaliações, disponíveis online.
Seja bom ouvinte
É importante criar momentos para conversar com os seus filhos. Ouça com atenção, sem julgamentos, faça frequentemente perguntas e fale tanto no problema em si como em soluções.
Use softwares de controlo parental
Não os instale em segredo, é importante manter uma relação de confiança com o seu filho. Funcione, não como um espião, mas como um guardião digital. Defina limites de tempo e conteúdo para os dispositivos e verifique com frequência as configurações de privacidade nas redes sociais. Um dos softwares mais populares é o Family Link, disponível no Google Play. Além disso, em plataformas como o YouTube, é possível configurar nas definições os conteúdos que estão acessíveis. No entanto, saiba que não há nenhum software que seja 100% eficaz. Trabalhe, sobretudo, o pensamento crítico da criança, para que saiba ponderar sobre aquilo que vê e aprenda a autorregular-se.
Ensine-os a navegar em segurança
Ensine regras básicas sobre o uso da internet: nunca disponibilizar dados pessoais, falar sempre com os pais quando acontecem coisas invulgares, nunca abrir ou responder a emails que não conhecem, não fazer downloads de ficheiros estranhos, duvidar de ofertas boas demais para serem verdade.
Conheça os limites das redes sociais
A idade mínima permitida pelo Facebook, pelo Instagram e pelo TikTok para ter uma conta é 13 anos. O WhatsApp não é apenas um serviço de mensagens, é uma rede social e a idade mínima é 16 anos. Explique aos seus filhos que a imagem de uma pessoa só pode ser difundida com o seu consentimento e, tratando-se de um menor de idade, só com o consentimento dos pais.
Explore e partilhe
Conheça o mundo digital dos seus filhos, peça-lhes que lhe mostrem os seus jogos ou aplicações favoritas. Fale sobre aquilo que viram. Mas passe igualmente tempo offline com eles.
Desligue
Devem ser evitados os ecrãs uma hora antes de dormir. E não deixe os seus filhos adormecerem com o telemóvel ao lado. Aliás, o ideal é libertar os quartos de qualquer tecnologia. Os smartphones também não devem estar presentes na hora de fazer os trabalhos de casa.
Eduque-os
Converse com os seus filhos sobre ser respeitoso online e como mensagens negativas podem ser prejudiciais. Ajude-os a resistir ao impulso de publicar conteúdos sem refletir.
Converse sobre o cyberbullying
Não ameace retirar ou reduzir o acesso aos ecrãs, pois os seus filhos encará-lo-ão como uma punição e resistirão a contar-lhe outras situações de bullying. Fale sobre o que aconteceu, faça capturas de ecrã ou guarde outras provas, se quiser reportar o caso à escola ou a outras entidades. Para mais informações, contacte a Linha Internet Segura (T. 800 21 90 90 ou linhainternetsegura@apav.pt). O cyberbullying por si só não é crime, mas estes comportamentos podem enquadrar-se em vários crimes – ameaças, coação, difamação, gravações e fotografias ilícitas… – tipificados no Código Penal.
Fonte: Agarrados à Net, Ordem dos Psicólogos, American Academy of Pediatrics