“É uma falácia que está a ser vendida à opinião pública.” Capitão de Abril que combateu, como oficial dos Comandos, em Moçambique, Angola e Guiné, os três teatros da Guerra Colonial, Carlos Matos Gomes, hoje coronel na reforma, não aborda com meios termos a possibilidade do regresso do Serviço Militar Obrigatório (SMO), agora trazida à ribalta noticiosa pelos chefes do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo, e do Estado-Maior do Exército, general Eduardo Ferrão.
Necessário enquadramento: após o 25 de Abril de 1974 houve uma redução substancial do SMO, que passou para 15 meses, e depois para quatro meses, até que uma lei de 1999, do governo de António Guterres, que dava sequência à revisão constitucional de 1997, criou um período de transição para que terminasse o recrutamento obrigatório para as Forças Armadas, o qual seria abolido em 2004, era Paulo Portas ministro da Defesa.