Uma revolução ainda a chegar aos escritórios. O lançamento do ChatGPT e de outros modelos de Inteligência Artificial (IA) generativa criou um enorme entusiasmo. Embora os seus méritos e fiabilidade sejam debatíveis, poucos duvidam de que o seu impacto acabará por ser sentido no mercado de trabalho, seja por fazer disparar a produtividade, seja por destruir milhões de empregos. Para já, as projeções apocalípticas contrastam com números pouco impressionantes no terreno. Está nas nossas mãos determinar as repercussões destas novas ferramentas nas nossas vidas. A IA pode ser mais rápida, mas os humanos ainda têm o dedo no botão.
O mundo acordou para a Inteligência Artificial no final de 2022, quando a OpenAI lançou o ChatGPT, um chatbot online a que todos podíamos aceder. Embora utilizemos IA no nosso quotidiano – quem acha que lhe sugere “atenciosamente” se escrever “at…” no final de um email? –, ela podia passar despercebida. Essa perceção muda no momento em que começamos a falar com a máquina e vemos como ela é competente a imitar-nos e rápida a responder aos nossos pedidos, que podem ir de sintetização de textos longos à criação de um poema sobre aspirar a casa, ao domingo, ao estilo de Fernando Pessoa.