São parques de estacionamento localizados na periferia das grandes cidades e têm como objetivo evitar que os condutores levem os seus carros para o centro. Em Lisboa, o vice-presidente da autarquia, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), anunciou, nesta terça-feira, um investimento de 17 milhões de euros, entre 2023 e 2026, para contruir cinco parques de estacionamento dissuasores.
Localizar-se-ão na Pontinha Norte, Pontinha Sul, Lumiar /Azinhaga, Braço de Prata e na Cidade Universitária. Zonas que deverão ser bem servidas de transportes públicos para que os condutores possam trocar ali do carro para o autocarro, metro, bicicleta ou comboio.
Tendencialmente, estes género de parques – que têm surgido em várias cidades da União Europeia, integrados em políticas de mobilidade sustentável – são gratuitos. O principal objetivo é reduzir os índices de poluição nas cidades.
Além desta medida, Anacoreta Correia disse ainda, durante a apresentação da proposta de orçamento municipal de Lisboa para 2023, que está a ser estudado o desconto de 50% no estacionamento da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) para residentes em toda a cidade de Lisboa – um dos compromissos eleitorais da coligação “Novos Tempos” inscrito logo no orçamento municipal para 2022, apesar de ainda não ter sido implementado.
Na área da mobilidade, o investimento plurianual, entre 2023 e 2026, é de 186 milhões de euros, segundo a informação apresentada, que inclui 60 milhões para o reforço do modo elétrico da Carris, com a expansão da rede de elétricos, destacando-se o alargamento da linha de elétrico 15 a Santa Apolónia e à Cruz Quebrada.
A proposta de orçamento para 2023 prevê, ainda, 109 milhões de euros para a renovação da frota de autocarros da Carris, nomeadamente 88 novos autocarros no próximo ano, num total de 342 até 2026, com o objetivo de “atingir uma frota amiga do ambiente em 76% até 2026 e em 96% até 2030”, cumprindo com o desígnio de neutralidade carbónica.
Relativamente à mobilidade suave, a proposta é de três milhões de euros para 2023, o que representa um aumento de 50% face a 2022, o que o inclui o reforço da rede de bicicletas partilhadas Gira, com a disponibilização de mais 29 estações e mais 1.000 bicicletas.
Com Lusa