É com as “rendas acessíveis”, com a “grande vida noturna”, com “as ruas deslumbrantes” e com a vontade de receber os nómadas digitais que Lisboa é descrita pela CNN Travel.
Da música à gastronomia, os críticos destacam os inúmeros símbolos que a capital tem espalhada por toda a sua extensão, mencionando a característica que ninguém vê, mas sente. “Ande pelas ruas da movimentada capital de Portugal e é impossível escapar da sensação de confiança em toda a volta”, escrevem.
Os pormenores que mencionam descrevem como a “alma” está presente em todos os pequenos momentos da vida dos lisboetas. “Venham aqui em qualquer época do ano e sentem que a vida é para ser vivida em público. Isso pode ser nas ruas boémias do Bairro Alto, onde os restaurantes se espalham por vielas estreitas. Ou em locais ultra modernos como o Park, um bar no topo de um estacionamento de vários andares que se tornou sinónimo de hipster cool, sem mencionar as vistas incríveis”, lê-se.
E essa alma, dizem os autores, que está sempre presente em quem recebe os turistas, os que presenciam a cidade o ano inteiro, sempre com o fado no ouvido. “Acho que Fado é o mais verdadeiro… pois podemos expressar a personalidade do país português, do povo português”, conta-lhes Gisela João.
Mas não é só nos poemas de fado que se retrata a identidade portuguesa. É também em monumentos, explicam. Em entrevista, Ricardo Diniz, um velejador solo que se tornou coach corporativo, conta que os lisboetas – e os portugueses – estão “muito orgulhosos do nosso passado”. “Alcançamos algo incrível há mais de 500 anos e somos lembrados disso todos os dias”, recorda.
E não se podia falar de Lisboa e de Portugal sem se falar de comida, em sabores, em cheiros e texturas. “Diria que a cozinha portuguesa, que se transmite de avós para netas, de mães para filhas, é a arte de trazer os sabores com simplicidade, com amor e muita criatividade – se é um jantar requintado, se é de duas estrelas Michelin, seja o que for, o que precisamos é de trazer para convidados algo delicioso. E, direi 90% das vezes, bastante simples”, analisa o chef José Avillez.