“Estamos a caminho de um desastre climático”, declarava António Guterres, na última Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em novembro. “Basta de tratar a Natureza como uma casa de banho. Basta de nos matarmos com carbono”, insistia o secretário-geral da ONU, enquanto alertava para a subida do nível médio das águas do mar e para o aumento da temperatura dos oceanos e do ar.
O grito do diplomata português, dirigido aos decisores políticos mundiais, ganha eco no vasto património cultural e natural do Planeta Azul, a clamar por socorro um pouco por toda a parte. Alguns dos maiores tesouros da Humanidade estão em risco de se perder, total ou parcialmente, ao longo das próximas décadas, como consequência das alterações climáticas – de vestígios arqueológicos de grandes impérios ou outras construções fascinantes a paraísos naturais selvagens ou atrações turísticas.