Esta será a quarta onda de calor do ano no País, a terceira na época de verão. Se em julho passámos por uma onda dita “normal”, julho já não foi igual e o calor que se fez sentir nesta altura foi “extremo”. Pedro Sousa, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) explica à VISÃO que a previsão para esta terceira onda é que seja mais amena que a anterior e que a sua intensidade seja “mais dentro do normal”.
“A nova onda de calor que vamos ter deve-se a uma corrente de leste, que traz ar mais quente e mais seco, que se traduz em episódios de muito calor que começam já esta quinta-feira e que se prolongam. Na sexta-feira, já vamos ter vários distritos sob aviso amarelo e que serão prolongados para sábado, no mesmo dia em que deve alastrar o aviso a outros locais”, garante Pedro Sousa. Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora e Beja ficarão sob aviso amarelo a partir desta sexta-feira.
Uma onda de calor é um período de pelo menos seis dias consecutivos em que a temperatura máxima está pelo menos cinco graus a cima da média. Apesar de existirem ao longo do ano, durante os meses de verão as ondas de calor significam temperaturas mais elevadas. “Este ano estamos a ter uma sequência de ondas de calor normal mas com uma maior intensidade”, refere o meteorologista.
“Em setembro vamos ter tempo, em regra, mais quente do que os setembros anteriores, entre 50% e 60% e mais seco entre 40% e 50%”, detalhou José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, numa reunião na manhã desta quarta-feira.
Numa nota divulgada no seu site, a DGS aconselha a procura de ambientes frescos e arejados, ou climatizados, assim como o aumento a ingestão de água ou de sumos de fruta natural, evitando ainda a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11h e as 17h.