Saímos de Lisboa com a intenção de nem ver o mar, ainda menos de pisar areia – sobre esta costa já se gastaram todos os adjetivos. Mas também não pretendíamos meter-nos muito para dentro do Alentejo, que por estes dias escalda. Na verdade, queríamos encontrar o melhor de dois mundos: estar perto de areais de exceção, com água fresca e batida, ao mesmo tempo que aproveitávamos poisos mais escondidos, livres de turistas, onde os sítios e as pessoas ainda estão marcados pela genuinidade.
Não cumprimos o plano totalmente. A costa tornou-se irresistível por três vezes, ainda que em zonas afastadas da confusão. De todas as investidas, nunca nos arrependemos, pois desviámo-nos pouco da intenção inicial da reportagem e assim podemos salpicá-la de água salgada e até de cheiro a maresia.