“Laos obteve uma importante vitória na primeira campanha contra este inimigo implacável”, anunciou o primeiro-ministro laociano, Thongloun Sisoulith, em conferência de imprensa, na sexta-feira, de acordo com o site local The Laotian Times.
A nação isolada do Laos foi um dos últimos países a detetar os primeiros casos de covid-19 dentro das suas fronteiras, em 24 de março, quando uma guia turística de 36 anos, que tinha acompanhado um grupo de europeus, e um homem de 28 anos, que tinha estado num congresso em Banguecoque, foram diagnosticados com o novo coronavírus.
O diagnóstico tardio resultou, em grande parte, da escassez de testes neste país de mais de sete milhões de habitantes, onde, até ao momento, foram realizados apenas 8.926 testes e detetados 19 casos, sem nenhuma morte, de acordo com os dados recolhidos na página de Internet do Comité Nacional de Prevenção e Controlo da covid-19.
O regime comunista do país impôs medidas rigorosas para conter a pandemia, incluindo a quarentena obrigatória de todos os cidadãos – com exceção da compra de bens essenciais ou da visita a hospitais -, a proibição de viajar para outras províncias e o encerramento total das suas fronteiras, bem como de estabelecimentos como bares, restaurantes ou ginásios.
As medidas foram flexibilizadas no final de maio, com a abertura de centros educativos, de salas de cinema e com a autorização de eventos desportivos, embora sem espectadores, mas as fronteiras permaneceram fechadas, exceto em casos especiais e com autorização expressa.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 423 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.505 pessoas das 36.180 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
AL // MSF