“Obrigado Astrid Kirchherr, amiga inteligente, inspiradora, inovadora, desafiadora, artística, desperta, consciente, bela, inteligente e amável para muitas pessoas. O presente que ela deu aos The Beatles foi imensurável. Morreu em Hamburgo [Alemanha], na quarta-feira, poucos dias antes de fazer 82”, escreveu na rede social Twitter o historiador britânico Mark Lewisohn, autor de “The Complete Beatles Recording Sessions” e “The Beatles: All These Years”.
Kirchherr encontrou pela primeira vez o grupo de músicos de Liverpool no início da década de 1960, no clube Kaiserkeller, em Hamburgo.
“A minha vida inteira mudou em poucos minutos. Tudo o que queria era estar com eles e conhecê-los”, disse Kirchherr, uns anos mais tarde, ao biógrafo dos The Beatles Bob Spitz.
Na altura, The Beatles eram compostos por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Stuart Sutcliffe e Pete Best, e atuavam regularmente em diferentes clubes da cidade alemã, com a qual mantiveram proximidade durante quase dois anos, entre 1960 e 1962.
Na biografia da banda, estes anos determinam o seu estilo, ampliam a sua reputação, aumentam a sua popularidade e tornam inevitável a sua primeira gravação em disco e o encontro com o produtor Brian Epstein.
O baixista Stuart Sutcliffe abandonaria a banda, em 1961, para se dedicar em exclusivo à pintura, e o baterista Peter Best seria afastado, após a chegada de Epstein, em 1962, dando lugar a Ringo Starr.
Testemunhos da época dão conta da relação de Astrid Kirchherr com Stuart Sutcliffe, que viria a morrer em 1962, em Hamburgo, com uma hemorragia cerebral, provocada por um aneurisma.
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