Para este estudo, foram escolhidos mil casais de homens gay: um seropositivo e a tomar antirretrovirais para suprimir o vírus e o outro VIH negativo.
Ao fim de oito ano, não houve transmissão uma única vez. Segundo Alison Rodger, da University College London, que liderou a pesquisa, “isto pode querer dizer que é possível acabar com a pandemia, impedindo a transmissão do vírus”.
A reação a esta descoberta não demorou: “isto pode ter um impacto incrível na vida das pessoas que vivem com VIH”, considerou Michael Brady, da organização de apoio a doentes Terrence Higgins Trust.
Os autores do estudo avançaram ainda que, nas 77 mil vezes que aqueles casais tiveram relações sexuais sem preservativo, teria havido 472 transmissões do vírus caso não tivessem tomado qualquer medicação. Durante aqueles oito anos, 15 homens foram infetados, mas por via de outro que não o principal parceiro.
“Usamos tecnologia de ponta para avaliar os casos em que ocorreu nova infeção e foi possível demonstrar que, como o novo vírus era tão diferente daquele do parceiro seropositivo, só podia ter vindo de outra pessoa”, explicou ainda Anna Maria Gereti, do Instituto de Infeção e Saúde Global da Universidade de Liverpool, que também participou no estudo. Além disso, o método revelou-se tão eficaz em casais homossexuais como em casais heterossexuais – confirma o estudo agora publicado no The Lancet.
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