É nas últimas páginas de “O Sol Sempre Nasce”, o primeiro romance de Hemingway, que encontramos a referência ao restaurante criado pelo francês Jean Botín, primeiro como pousada, no número 17 da rua Cuchilleros, em Madrid, perto da Plaza Mayor.
Carlos González, um dos herdeiros do restaurante, não esconde o orgulho quando mostra aos (muitos) jornalistas, e não só, “a mesa preferida de Hemingway” e onde decorre a cena final do livro.
“O meu avô, que conversava muito com ele, tentou ensiná-lo a preparar uma paelha, mas chegaram à conclusão de que era melhor que ele seguisse com a literatura e o meu avô com as paelhas”, contou, numa visita da BBC ao local.
O forno a lenha é o mesmo desde essa altura e é uma das grandes atrações do restaurante, a sua “alma”, diz González, onde são assados os populares leitões e cordeiros.
As mesas da Casa Botín já viram passar numerosas celebridades ao longo dos tempos. Jacqueline Kennedy, Charlton Heston, Ava Gardner, Michael Douglas, Pedro Almodóvar, os reis espanhóis e Ricky Martin são alguns dos nomes sonantes.
Mas entre os funcionários do Botín também se conta uma figura que ficaria para a história: O famoso pintor espanhol Francisco de Goya trabalhou no restaurante aos 19 anos, antes de ser reconhecido pelas suas obras.