O francês era “muito fraco”, as suas ideias “vagas” e mesmo as suas capacidades matemáticas “promissoras” eram postas em causa pela sua “desorganização”. A avaliação final do terceiro período do adolescente Alan Turing, em 1929, não deixava adivinhar o futuro génio e pioneiro informático responsável por importantes vitórias dos Aliados durante a II Guerra Mundial.
A ficha da escola de Sherborne var ser exibida terça-feira pela primeira vez no Museu Fitzwilliam, em Cambridge.
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D.R.
“Fez algum bom trabalho, mas geralmente explica-se mal. Deve lembrar-se que Cambridge prefer conhecimento sólido do que ideias vagas”, escreve o professor de Física. Já o de matemática, apesar de reconhecer no seu trabalho uma “promessa distinta”, destaca a falta de jeito de Alan Turing para passar para o papel, de forma “inteligível e legível”, as suas ideias, condição necessária a um “matemático de primeira categoria”.
Também em exibição vai estar a máquina Enigma, responsável pela encriptação das mensagens alemãs e a inventada por Turing para as decifrar.