Até agora, a anorexia era considerada uma doença puramente psiquiátrica. Mas um grupo de mais de 220 cientistas e médicos conduziu o maior estudo genético sobre anorexia nervosa até à data – incluiu a análise do ADN de quase 3.500 pessoas com anorexia nervosa e 11 mil indivíduos saudáveis – e descobriu a primeira prova de que a doença é parcialmente genética.
Em mais de metade dos casos de anorexia, os investigadores encontraram os genes defeituosos ligados ao neuroticismo, à esquizofrenia e ao metabolismo, ajudando à convicção de que o problema é mental e metabólico ao mesmo tempo.
O estudo, conduzido pelo Consórcio de Genética Psiquiátrica, uma colaboração Internacional de investigadores de instituições de todo o mundo e publicado no jornal Science Daily, encontrou “fortes correlações genéticas com várias características metabólicas, incluindo a composição corporal (IMC) e o metabolismo da insulina e da glicose”.
As alterações mais significativas foram encontradas no cromossoma 12, uma região previamente associada à diabetes tipo 1 e às doenças autoimunes
“Esta descoberta encoraja-nos a investigar mais profundamente como os fatores metabólicos aumento o risco de anorexia nervosa”, afirma Cynthia Bulik, da Universidade da Carolina do Norte.