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Quem assistia, este domingo, em direto, à sexta prova do circuito mundial de surf, na África do Sul, susteve, certamente, a respiração durante os segundos em que o tricampeão Mick Fanning foi atacado por um enorme tubarão, acabando por sair inacreditavalmente ileso.
A propósito do episódio, o britânico The Guardian compilou uma série de coisas que os nadadores e os surfistas podem fazer para diminuir o risco de serem grave ou fatalmente feridos por um tubarão.
O ecologista marinho australiano, Daniel Bucher, lembra que “ao ir para um ambiente selvagem, corre-se risco, embora seja um risco muito pequeno”. Mas acrescenta que “ver um tubarão enquanto se pratica surf é algo muito raro; ser atacado é mais raro ainda”.
Isto indica que existem fatores que aumentam a possibilidade de interação com um tubarão. Nadar sozinho ou nadar perto da foz dos rios, particularmente depois de grandes chuvadas, ou numa área onde existem grande atividade alimentar de golfinhos e aves, pode aumentar o risco de enfrentar este animal. Os tubarões não costumam devorar humanos… mas as suas dentadas, ainda que visem apenas determinar se se trata de uma presa adequada são, frequentemente, fatais.
“O incidente com o Mick Fanning foi um desses cautelosos ataques, usado para o analisar”, explica Bucher. “Infelizmente, quando se fala num ataque de tubarão branco, esse tipo de ataque é o suficiente para o lesionar severamente ou matar”.
Então, o que fazer? Se realmente se deparar com um tubarão, a melhor opção é, segundo a Universidade da Flórida, “abandonar a água, nadando rapidamente mas de forma suave”.
Estudos feitos por Daniel Bucher e outros investigadores norte-americanos mostram que os tubarões tendem a perseguir alvos que fujam deles, mas que param de os perseguir quando são confrontados, tal como Mick fez. Cortar o ângulo de um possível ataque, como colocar as costas contra uma rocha, é uma boa estratégia, quando possível. Bater-lhe com um objeto ou desferir uma pancada no nariz do animal são outros meios de intimidação – Mick Flanning relata que esmurrou o tubarão “algumas vezes”
“Fingir-se de morto”, no caso de um encontro com um tubarão, não funciona como estratégia. “Quando estiver nesta situação, tente atacar e atingir o que puder. Atacar é a melhor defesa”, conclui o especialista.
Se chegar a ser mordido, no entanto, ainda há esperança. No ano passado, em todo o mundo, dos 72 ataques de tubarão, apenas três foram fatais.