Terminado (no final de 2014) o período de três anos de luto oficial após a morte de Kim Jong-il, e depois de, por respeito, ter dissolvido a “tropa do prazer”, grupo de mulheres que foram recrutadas pelo seu pai, Kim Jong-un resolveu escolher um novo “exército”. O líder norte-coreano não abre mão da tradição familar, mesmo sendo casado e tendo uma filha.
A “Tropa do Prazer” é uma tradição entre os líderes norte-coreanos, já o avô e o pai do atual líder tiveram as suas. “Isto acontece há três gerações da família Kim desde que esta governa a Coreia do Norte. Tornou-se uma tradição que é também uma demonstração de poder do líder sobre o povo e sobre o poder sexual”, explica Toshimitsu Shigemura, professor da Universidade Waseda, em Tóquio e especialista em assuntos norte-coreanos.
As mulheres do falecido Kim Jong-il recebiam salário de cerca de 3700 euros e um conjunto de electrodomésticos. Já às funcionárias de limpeza era apenas dado metade desse salário.
A nova “tropa do prazer” deverá apenas lealdade a Kim. Estes “exércitos” são compostos por jovens com 13 ou 14 anos. Os oficiais do regime fazem a “recruta”, viajando à procura de jovens mulheres para servirem como criadas, cantoras ou bailarinas, sendo que a mais bonita será a concubina de elite. Os oficiais têm de encontrar cerca de 30 a 40 jovens atraentes, por ano, de forma a renovar o harém. Quando estas se aproximam dos 25 são “aposentadas” das suas funções e passam a integrar as forças de segurança ou a ser funcionárias do governo.