Segundo a Rádio Renascença, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, e o presidente do Infarmed (autoridade para a área dos medicamentos) vão explicar na sexta-feira “todo o processo de autorização de uso excepcional de medicamentos para o tratamento da hepatite C”.
A edição online do jornal Expresso refere que o último valor negocial conhecido era o de 24 mil euros por três meses de tratamento, mais três meses gratuitos caso fosse necessário prolongar o tratamento.
A Gilead acordou, no dia 16 de janeiro, com o Ministério da Saúde o acesso sem custos ao medicamento Sofosbuvir para a Hepatite C para os 100 doentes mais urgentes.
Nas respostas enviadas à Lusa, o Infarmed informou que estes tratamentos foram aprovados no dia 20 e que os hospitais estão desde hoje a fazer as encomendas, sem no entanto explicar as razões para este intervalo de tempo.
O Ministério da Saúde encontra-se há meses a negociar com a Gilead para tentar baixar o preço do fármaco proposto pelo laboratório, que chegou a ser de 48 mil euros por doente.
Portugal chegou a propor a constituição de uma aliança europeia, entretanto não concretizada, no âmbito da qual sugeriu fixar o preço máximo do medicamento em 4.151 euros.
Ainda assim, este valor é mais de cinco vezes superior ao preço estabelecido no Egito para o mesmo medicamento, que é de 700 euros.
A agência Lusa tentou contactar a assessoria do Ministério da Saúde para mais esclarecimentos sobre este assunto, mas não obteve resposta.