Um estudo publicado no “European Heart Journal” sugere que os homens de meia-idade que bebem até sete copos de vinho ou três garrafas e meia de cerveja por semana, podem ter 20% menos hipóteses de desenvolver falhas no coração do que aqueles que se abstêm de álcool por completo.
Em relação às mulheres a diferença não é tão grande, porém, mesmo neste caso o consumo de sete bebidas por semana revela uma diferença de 16% de riscos cardíacos quando comparado com aquelas que não bebem qualquer tipo de bebida alcoólica.
Os investigadores revelaram, ainda, que quem bebe mais do que sete bebidas por semana (14 ou mais) não regista uma grande diferença de riscos cardíacos em relação aos abstémios. Os cientistas avisam, no entanto, que pode existir uma pequena falha neste resultado isto porque “foram poucas as pessoas presentes no estudo que bebem muito álcool com regularidade, o que limitou as nossas possibilidades de formarmos uma associação (com os problemas cardíacos).”
Scott Solomon, professor de medicina na “Harvard Medical School” afirma que “estas descobertas sugerem que beber álcool com moderação não contribui para um aumento de falhas cardíacas e até pode proteger o coração.”
Apesar de tudo isto, pode-se ler no estudo que aqueles que beberam muito álcool durante a juventude têm maiores riscos de desenvolver falhas cardíacas ao longo da vida. Os investigadores afirmam ainda, que estas pessoas têm maiores probabilidades de se tornarem fumadores, de terem um baixo nível de educação e de desenvolver diabetes e hipertensão do que aqueles que não consomem álcool.