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Muitos estudos têm sido feitos para comprovar a importância de uma noite bem dormida e os perigos da sua ausência. O que o investigador britânico Michael Mosley quis agora avaliar foi se apenas uma hora a mais de sono teria algum impacto na saúde. Para isso, sete voluntários submeteram-se a vários exames no Centro para a Investigação do Sono, da Universidade de Surrey, em Inglaterra. Divididos em dois grupos, um dormiu seis horas e meia por noite e o outro sete horas e meia. Uma semana depois, fizeram análises e trocaram: o grupo que dormira menos ganhou uma hora de sono e o outro, o contrário.
Concluída a experiência de duas semanas, testes de computador revelaram que a maioria tinha dificuldades em executar tarefas que implicassem agilidade mental quando dormia menos.
Mas as análises sanguíneas revelaram os resultados mais surpreendentes: Uma hora de sono a menos afeta cerca de 500 genes. Quando os voluntários passaram de sete horas e meia para seis horas e meia, os genes associados a processos como inflamação, resposta imunitária e resposta ao stress tornaram-se mais ativos. O mesmo aconteceu com genes ligados à diabetes e ao risco de cancro. Quando os voluntários passaram a dormir mais uma hora, aconteceu o inverso.
Os investigadores envolvidos nesta experiência alertam, por isso, que uma pequena mudança nos hábitos de sono, para, pelo menos, sete horas, pode tornar-nos mais saudáveis.