Estas são algumas das conclusões do relatório “Situação das Florestas no Mundo 2009”, apresentado, esta terça-feira, por ocasião da Semana Florestal Mundial, que se comemora na sede da Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO), em Roma.
De acordo com o levantamento feito pela organização, 200 quilómetros quadrados de florestas são dizimados diariamente em todo o Mundo, sendo que, entre 2000 e 2005, foram destruídos aproximadamente 7,3 milhões de hectares de floresta no planeta.
No relatório, a FAO considera também pouco provável que o aumento do ritmo na plantação de árvores na América Latina seja suficiente para inverter a desflorestação na região nos próximos anos, apesar da baixa densidade da população no continente.
“Os altos preços dos alimentos e do combustível favorecem o corte das florestas para dedicar o terreno à criação de gado e aos cultivos comerciais destinados a alimentos e biocombustíveis”, destaca o documento.
O organismo das Nações Unidas refere ainda que a queda do sector imobiliário nos países mais ricos, devido à crise económica e financeira mundial, está a ter um forte impacto nas florestas, nomeadamente na diminuição da procura de madeira.
Uma situação que, adverte a FAO, pode levar a uma quebra de investimentos, que poderá afectar os esforços da gestão de reservas e de áreas de madeira certificada.
Segundo a FAO, alguns dos receios são que os governos reduzam os investimentos no sector da energia limpa e que a contracção dos sectores económicos formais abra caminho para o crescimento do sector informal, o que pode levar a um aumento do abate ilegal de florestas em todo o Mundo.
Nesse sentido, a FAO pede à comunidade internacional que melhore a gestão do sector florestal perante a nova conjuntura económica e o fenómeno das alterações climáticas.