O sucessor de Rui Moreira à frente da Câmara do Porto tomou posse esta quarta-feira, numa cerimónia que decorreu no Mosteiro de São Bento da Vitória. Pedro Duarte começou por destacar “o compromisso de servir, com lealdade e dedicação, uma cidade que ama profundamente”.
“O Porto é uma cidade com uma personalidade própria: firme nas convicções, direta nas palavras e calorosa nos afetos. Uma cidade feita de trabalho duro e de liberdade, de resistência e de sonho. Como nos ensinou Agustina, ‘o Porto não é um lugar, é um sentimento’. E é, de facto, isso: uma forma de sentir o mundo e, mais ainda, de o exprimir sem medo – num abraço convicto, numa gargalhada dobrada ou num palavrão redondo”, considerou, antes de prometer preservar a identidade e a cultura da cidade, para “garantir, dia após dia, decisão a decisão, que o Porto nunca deixe de ser Porto”.
“Preservar a memória da cidade é também reconhecer quem a soube servir”, continuou, para enaltecer a “independência e coragem” de Rui Moreira.
“Abriu o Porto ao mundo e deu mundo ao Porto. Nestes doze anos, a cidade viveu uma transformação profunda e tornou-se uma referência internacional. Essa herança inspira-nos e responsabiliza-nos.
Em nome da cidade, digo: Obrigado, caro Rui”, agradeceu.
Pedro Duarte garantiu ainda que manterá o “legado portuense das contas certas e da gestão responsável”, tendo por alicerce da confiança a transparência.
“Estarei nas ruas, nos bairros, nos mercados e nas escolas, a ouvir de perto os portuenses”, prometeu, estabelecendo como medida do seu mandato “fazer do Porto uma cidade feliz, uma cidade segura, onde se viva sem medo”.
Antes de terminar o discurso que marcou a sua tomada de posse, Pedro Duarte citou também Miguel Torga: “Um Porto formalista e anémico, a recalcar os impulsos, onde não fosse possível confundir-se uma peixeira com uma viscondessa e um pensador com um padeiro, não era digno de ter dado o nome a Portugal.”
“E, acima de tudo, que nunca esqueçamos o que nos distingue e nos une: o amor ao Porto e a vontade de o ver sempre maior, mais justo, e mais feliz. E, já agora, com sotaque – concluiu -Viva o Porto! Bibó Porto!”