Protagonistas, novas estrelas que nascem, supernovas que se apagam, 15 minutos de fama, dinossauros que se mantêm, invencíveis que caem, heróis improváveis que se afirmam: as eleições autárquicas são as mais genuínas da festa da democracia. Aqui está uma seleção de 14 figuras que entram para a História, dos consagrados aos inesperados, dos pesos-pesados aos humildes. Lugar para todos na passadeira vermelha da fama de 12 de outubro.

Lisboa PSD/CDS/IL – 41,69%
Carlos Moedas, o reservista
Visto como uma reserva para mais altos voos, no PSD, ficou dono do palco e foi o último a falar. Resistiu ao desastre do Elevador da Glória, fez uma campanha hábil, apontando às fragilidades da sua principal adversária (Alexandra Leitão, PS/BE/Livre) e destacando-lhe o “defeito” do “radicalismo”, prometeu emendar o que fez mal (higiene urbana, por exemplo), manteve um discurso a puxar pela autoestima dos lisboetas e interpretou bem a mudança sociológica, para a direita, da população da cidade. Figura de dimensão nacional, foi-lhe deixado o palco livre, pelo líder do seu partido, que escolheu o Porto para festejar. Carlos Moedas resistiu ao teste de stresse, aumentou 30 mil votos desde 2021 e, embora com uma vitória ainda curta, recolheu o benefício da dúvida dos lisboetas. Se Montenegro falhar, esta é a alternativa óbvia.
