André Ventura está a ter um início de ano… difícil, para usar um eufemismo. O pesadelo começou há um mês, a 21 de janeiro, quando Miguel Arruda, um dos 50 deputados do Chega, foi alvo de buscas devido ao furto de malas de viagem dos tapetes dos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada, onde tem a sua residência oficial. Compreensivelmente, dado até o seu lado inusitado e tragicómico – um deputado da Nação supostamente a subtrair malas nos aeroportos e a vender o seu conteúdo na internet, peça a peça, por tuta e meia –, a história encheu noticiários, manchetes e o anedotário nacional durante vários dias.
E então, quando a poeira já começava a assentar e Ventura se preparava para voltar a respirar em paz, mais um caso a chegar aos jornais, a 5 de fevereiro: José Paulo Sousa, deputado regional do Chega nos Açores, fora apanhado a conduzir com 2,25 g/l de álcool no sangue, quase o dobro do limite a partir do qual já é crime.
Ventura está em modo de contenção de danos. Não é fácil, sobretudo tendo em conta que, só na bancada parlamentar, quase um quinto dos deputados do Chega tem ou teve problemas com a Justiça