“O que tenho feito é, de facto, influência, não nego. Quando dizem ‘mas ele está a fazer influência? Estou a fazer influência. Está a fazer pressão? Estou a fazer pressão'”, admitiu Marcelo Rebelo de Sousa, frisando que o próximo Orçamento de Estado é uma questão de interesse nacional devido à situação da Europa e do mundo.
Em declarações em Cantanhede, distrito de Coimbra, à margem da inauguração do Museu da Arte e do Colecionismo, o chefe de Estado contrariou o líder do PS, Pedro Nuno Santos, que afirmou este domingo, a propósito da negociação do OE para 2025, preferir perder eleições a abdicar das suas convicções.
“A questão, como imaginam, é do interesse nacional. Ou se considera que há um interesse nacional que explica que o Orçamento passe ou se acha o contrário. Abdicando de convicções, claro, eu abdiquei de convicções, como líder da oposição [quando era presidente do PSD] em muitos pontos, para acertar com o engenheiro Guterres um acordo”, lembrou Marcelo Rebelo de Sousa.
E o mesmo do lado do Governo: “O Governo tem de perceber que o facto de ter um programa que passou no Parlamento, não quer dizer que o aplique todo, agora, de imediato. E se tiver que fazer cedências no programa, para tornar possível um acordo, deve fazer cedências no programa”, defendeu o PR.