O Chega esteve reunido esta manhã com o Governo, representado pelos ministros de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, da Presidência, António Leitão Amaro, e dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, para discutir o Orçamento do Estado para o próximo ano. À saída, Pedro Pinto, líder parlamentar do partido, disse aos jornalistas que se o Executivo excluir o PS das negociações e mostrar disponibilidade para acolher propostas do Chega, este está disponível para permitir a sua viabilização.
“Neste cenário de ‘não queremos nada com o PS, não queremos acolher as propostas do PS, queremos falar com o Chega e fazer uma solução de Governo e uma solução para aprovar este Orçamento’, cá estaremos para falar”, sublinhou.
O deputado do Chega adiantou que “houve uma tentativa dos três membros do Governo [presentes na reunião] de dizer que não estão a negociar com o PS” e que é preciso o executivo vir clarificar sobre se estão ou não em negociações com os socialistas.
Recuo?
Esta posição, garante Pedro Pinto, não contradiz o que tem sido dito pelo presidente do partido sobre o próximo OE e que “não há um recuo”. André Ventura “não fechou” totalmente a porta à aprovação do próximo orçamento e tem ressalvado que o voto contra do Chega é “irrevogável se o acordo [para viabilizar o OE] for com o PS”, defendeu.
Esta terça-feira, em declarações aos jornalistas antes do arranque das jornadas parlamentares do partido, em Castelo Branco, o líder do Chega foi questionado se o voto contra a proposta orçamental é irrevogável e respondeu: “Com o entendimento entre o Governo e o PS? Eu diria que sim, é irrevogável”.