A cocaína, num total de 4.958,25 quilos, foi detetada e apreendida no passado dia 31 de julho, mas a AT justifica só hoje ter anunciado a operação porque o produto estupefaciente foi entregue de imediato à Polícia Judiciária (PJ), “que prosseguiu com as diligências consideradas necessárias” para investigação da rede de tráfico, o que implicou a “não divulgação imediata das notícias”, lê-se numa nota da Autoridade Tributária.
De acordo com a mesma informação, a droga estava dividida em 4.352 placas de cocaína que vinham escondidas num contentor de bananas refrigeradas provenientes do Equador.
A AT não adianta mais pormenores sobre a operação, nem se esta resultou em detenções. A Lusa tentou obter mais esclarecimentos junto da PJ, o que não foi possível em tempo útil.
Esta já não é a primeira apreensão de cocaína nos últimos tempos proveniente da América Latina dissimulada em contentores e caixas de bananas, mas será uma das mais avultadas.
Em maio, a PJ anunciou a apreensão, no Porto de Setúbal, de 4,2 toneladas de cocaína com “elevado grau de pureza” provenientes da Colômbia e transportadas até Portugal por via marítima num carregamento de bananas em paletes.
Nessa ocasião, a PJ indicava tratar-se, em termos de quantidade, da maior apreensão do ano em Portugal e uma das maiores dos últimos anos.
ARA (FP) // FPA