Foram três dias mornos. O PSD recebeu o novo líder, sem ondas, mesmo daqueles que não ficaram tão satisfeitos com a vitória de Luís Montenegro nas diretas de 28 de maio (que os há). A surpresa do 40.º Congresso “laranja”, que aconteceu no Super Bock Arena, foram os nomes propostos pelo presidente para os órgãos do partido, uma lista que fez jus às promessas de união de Montenegro na campanha, e que até deixou admirados alguns dos próprios convidados.
Envolvida em secretismo até à última, a equipa de Montenegro junta dois ex-candidatos à liderança do partido como seus “vices”: o eurodeputado Paulo Rangel (que perdeu para Rio em 2021) e o vice-presidente da autarquia de Cascais, Miguel Pinto Luz (que defrontou Rio e Montenegro nas diretas de 2019). Tem estrelas do partido (como o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas); recupera passistas (como Pedro Rios, Maria Luís Albuquerque ou Teresa Morais) e inclui a nova geração (com nomes como o da ex- líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes), mantendo por perto o antigo líder parlamentar e amigo pessoal Hugo Soares, que será o secretário-geral do PSD.