Os policias em vigília junto às instalações localizadas na avenida Elísio de Moura, defendem a atribuição à PSP e GNR de um subsídio de risco de 430,39 euros, idêntico ao dos profissionais da Polícia Judiciária (PJ) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), exibindo cartazes com mensagens diversas.
“Tratem os policias com dignidade”, “Exigimos respeito”, “Arriscamos a vida todos os dias” ou “Police Lives Mater” (A vida dos policias importa) — uma analogia com o movimento internacional “Black Lives Mater” — são algumas das mensagens exibidas por cada um dos manifestantes, concentrados ao longo de cerca de 100 metros.
Em declarações à Lusa, Cândido Almeida, que é delegado sindical na PSP mas recusou estar no protesto nessa condição, disse que este foi promovido “por cidadãos polícias”.
“Não queremos cá ligações políticas nem sindicais. É uma vigília em defesa de um subsídio digno e justo, não é para vender produtos, as mensagens que queremos passar são as que cada um [dos participantes] tem consigo”, afirmou.
Quanto ao subsídio que defendem, reiterou que os profissionais da PSP e da GNR não são “nem mais nem menos” que os da PJ e SEF: “nem a nossa vida vale nem mais, nem menos”, argumentou.
Já sobre a proposta de 68 euros do Governo, Cândido Almeida frisou que “a proposta do MAI [Ministério da Administração Interna] para não lhe chamar humilhante, é não ter respeito pela vida dos polícias, que são agredidos todos os dias”.
O subsídio de risco é uma das principais e mais antiga reivindicação dos polícias e a atribuição deste suplemento está prevista no Orçamento do Estado deste ano, numa decisão dos partidos da oposição e não do Governo.
JLS (RSYT/FP) // JEF