A proposta vai constar do programa eleitoral do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e André Silva, em entrevista à VISÃO, explica detalhadamente o que pretende: uma rede pública de assistências a cães e gatos, à imagem do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Questionado sobre os contornos desse eventual sistema médico-veterinário, o deputado único do PAN responde de forma taxativa: “Sim, sim, é uma espécie de SNS para animais. (…) Há uma série de associações que recolhem e acolhem animais errantes e abandonados e que se têm substituído ao Estado, tendo despesas incomensuráveis. Por outro lado, há muitas famílias com enormes dificuldades, nomeadamente pessoas idosas que estão sozinhas e que a única companhia que têm é o gato ou o cão. Não é uma medida de proteção e de bem-estar animal; é uma resposta social às famílias mais carenciadas. Sim, queremos estabelecer uma rede pública – chame-se hospital, chame-se clínica – que tenha serviços médico-veterinários que possam suprir [as dificuldades] destas duas grandes comunidades.”
Essa rede, notou na entrevista que decorreu na segunda-feira, 20, na sede do PAN, em Lisboa, algumas famílias, em função dos respetivos rendimentos, estariam dispensadas do pagamento de taxas moderadoras (ou algo equivalente) e outras teriam de custear os cuidados médicos prestados. André Silva ainda não fez as contas ao impacto da proposta nos cofres do Estado, mas assegurou que apresentará medidas que compensem esse aumento de despesa.
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