Durante a discussão do Orçamento de Estado na Assembleia da República, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em resposta a Adão Silva, do PSD, disse que os sociais-democratas têm na bancada um deputado que se comporta como um “primeiro-ministro no exílio”.
Passos Coelho, a quem se referia, havia entrado minutos antes no plenário, já no decorrer da sessão. Estava sentado na primeira fila. E, prosseguiu o ministro, “os senhores parecem aquela equipa amadora que perde o jogo e fica fora do campo a protestar”. Os apartes parlamentares sucederam-se e Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, teve de dar mais tempo ao ministro para acabar a resposta.
Vieira da Silva concentrou o seu discurso após o reinício do debate, às 15 horas, na recuperação de rendimentos e na melhoria dos mínimos sociais – alargamento do Rendimento Social de Inserção e do Abono de Família –, e, no final da intervenção, assumiu a paternidade de um Orçamento de Estado que a oposição de direita diz ser enjeitado.
Em resposta ao deputado do Bloco de Esquerda, que pediu o reforço do abono de família na discussão na especialidade para as famílias que fazem parte dos escalões mais desfavorecidos, Vieira da Silva garantiu que todas as propostas serão analisadas.