O ex-diretor de informação da RTP, Nuno Santos, disse, esta quarta-feira, estar a ser alvo de uma acusação “grave e infundada” no caso que envolve a cedência à PSP de imagens da greve geral de 14 de novembro.
“Estou a analisar de forma exaustiva com o meu advogado a acusação grave e infundada que, de forma ligeira e não substanciada, me foi hoje feita pelo conselho de administração da RTP”, disse o jornalista em comunicado divulgado esta tarde.
Um inquérito interno da RTP concluiu que o ex-diretor de Informação Nuno Santos autorizou a PSP a ver as imagens dos incidentes de 14 de novembro.
O presidente do conselho de administração da RTP, Alberto da Ponte, afirmou que este inquérito sobre o caso das imagens visionadas pela PSP na empresa é interno e que as pessoas responderam “sob sigilo”.
Alberto da Ponte falava aos jornalistas após um encontro com o presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Carlos Magno, onde apresentou as conclusões do inquérito ao caso das imagens visionadas na RTP pela PSP sobre os incidentes frente ao parlamento, a 14 de novembro.
Questionado pelos jornalistas sobre quem foi o elemento da direção de Informação da RTP que acompanhou os agentes da PSP durante o visionamento, Alberto da Ponte disse que isso “será divulgado na altura oportuna”.
O presidente do conselho de administração da RTP afirmou ainda que “não há motivos” para avançar com um processo disciplinar, no âmbito do caso da visualização pela PSP, na sede da estação pública, das imagens dos incidentes de 14 de novembro.
“Com base no inquérito, a administração entende que não há motivos para um processo disciplinar”, tendo em conta as consequências que houve e que levaram à “exoneração de toda a direção de Informação”.