Para o líder do PS, António José Seguro, está em causa uma desautorização do primeiro-ministro nas ordens que o diretor do CCB, Vasco Graça Moura, terá dado para não se aplicar na instituição o novo acordo ortográfico.
António José Seguro confrontou o primeiro-ministro com a ordem de Graça Moura, noticiada esta sexta-feira pelo jornal Público, sublinhando que Passos Coelho tem a tutela da Cultura e que a aplicação do acordo ortográfico é uma obrigação legal.
“Ou o senhor primeiro-ministro desautoriza o doutor Graça Moura ou foi desautorizado pelo diretor do CCB”, declarou o líder do PS, no debate quinzenal com o Governo no Parlamento.
O primeiro-ministro disse que tinha lido que Graça Moura “tinha decidido pedir para não lhe colocarem no seu computador o corretor ortográfico porque parece que gosta mais de escrever de acordo com a antiga ortografia”. “Queria dizer-lhe que o Governo não tem nenhum esclarecimento a acrescentar sobre esta matéria. O acordo ortográfico entrou em vigor a 1 de janeiro deste ano, assim o confirmam os manuais escolares, assim como todos os atos oficiais, e ele será cumprido”, afirmou.