“Se o PSD pensa que se escapa a este dilema de ter que apresentar a sua alternativa está muito enganado, porque isso é exigido pelo país, porque isso foi exigido também pela Europa”, afirmou José Sócrates, intervindo num encontro com autarcas socialistas.
Para o líder socialista, “o desafio que está colocado ao PSD não é apenas o desafio da retórica e do palavreado oco, é o desafio de se comprometer explicitamente perante o país, explicando quais as medidas que são necessárias para que no próximo ano o nosso défice orçamental se reduza de 4,6 para 3 por cento e que em 2013 ele se reduza para 2 por cento”.
Na resposta, o secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, diz que o PS “insiste numa atitude de pugilismo verbal”, declarando que os sociais-democratas apresentarão “no momento adequado” um “projeto de esperança” para Portugal.
“A verdade é que nunca tivemos um défice tão elevado, um aumento trágico do desemprego, uma dívida sem paralelo na nossa história, e uma crise social muito acentuada”, disse o responsável do PSD numa declaração feita na sede do partido, na Lapa, Lisboa.
O Presidente da República, que na sexta-feira ouviu os partidos sobre a convocação de eleições antecipadas, na sequência do pedido de demissão de José Sócrates, deverá reunir o Conselho de Estado na próxima quarta-feira, antes de dissolver a Assembleia da República e chamar os portugueses às urnas para eleger um novo governo.