“Juntar-se à NATO é a melhor garantia de segurança para a Ucrânia (…) mas entendemos que não podemos arrastar um único país da NATO para uma guerra”, declarou Zelensky numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente estónio, Alar Karis.
“Portanto, entendemos que não nos tornaremos membros da NATO enquanto esta guerra durar, não porque não o queiramos, mas porque é impossível”, observou.
Tratou-se de uma rara admissão do Presidente ucraniano, que multiplicou as pressões desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro do ano passado, para que o seu país integre o mais rapidamente possível a NATO e a União Europeia (UE).
Ainda na quinta-feira, Zelensky exortou os dirigentes europeus reunidos numa cimeira na Moldova a aumentarem mais ainda o seu apoio à Ucrânia e a afastarem as “dúvidas” quanto à adesão de Kiev à organização de defesa militar ocidental.
Favorável em princípio à integração da Ucrânia, a NATO tem-se mostrado, em contrapartida, muito vaga quanto à calendarização dessa adesão, receando uma escalada das tensões com Moscovo.
O secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, sustentou em abril que a prioridade para a Ucrânia deveria ser vencer a guerra.
A questão da adesão da Ucrânia deverá ser ainda debatida na cimeira da organização, em julho, na Lituânia.
Os países ocidentais estão já a fornecer a Kiev uma ajuda militar e financeira de várias dezenas de milhares de milhões de euros, essencial para o esforço de guerra ucraniano.
ANC // SCA