Contactada pela Lusa, fonte oficial do grupo salientou que “entre as consequências conhecidas encontra-se não só o aumento nos custos dos cereais como também de outras matérias-primas que são imprescindíveis à produção das” suas bebidas, “como são o vidro e o PET, além do aumento generalizado da energia e combustíveis”.
Este contexto “tornou inevitável ajustamentos pontuais, que estamos a tentar minimizar na medida do possível”, acrescentou.
De acordo com o Super Bock Group, “esta é uma crise que ainda está no início”, pelo que está “a acompanhar o evoluir da situação para perceber os seus reais impactos”.
No entanto, “a expectativa de todos é que seja possível terminar este conflito armado brevemente e a paz possa ser restabelecida, minimizando os seus efeitos que já são devastadores”, acrescentou.
“Ainda assim, e não apenas por causa desta crise, temos vindo a desenvolver nos últimos anos vários projetos que permitem à empresa não utilizar tantos recursos na produção dos seus produtos e, como tal, temos vindo a reduzir os consumos de energia na nossa fábrica e centros de produção e nos combustíveis”, salientou a mesma fonte.
“Temos igualmente vindo a tentar atenuar a nossa exposição a variações de preço nas principais matérias-primas”, apontou, salientando que o grupo tem uma política geral de cobertura de riscos de mercado neste âmbito.
“Recorremos habitualmente a mecanismos de proteção financeira (‘hedging’)”, explicou.
Por sua vez, “temos conseguido otimizar a capacidade do transporte no sentido de minimizar o número de camiões necessários para movimentar os nossos produtos”, acrescentou a Super Bock.
Através das parcerias com vários clientes retalhistas “temos vindo a reduzir o número de viagens de camiões vazios, via recurso ao ‘backhaul’ (viagens de retorno)” e “dispomos também de uma frota mais ‘verde’ que inclui viaturas mais eficientes e menos poluentes para distribuição dos nossos produtos, nomeadamente em centros históricos”, disse.
Desde modo, “temos conseguido mitigar não apenas o impacto ambiental, mas também atenuar os impactos nos custos de transporte, tema especialmente crítico nos dias atuais”, concluiu.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou mais de 800 mortos e 1.300 feridos entre a população civil, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,2 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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