O papa Francisco, que em diversas ocasiões expressou preocupação com a guerra na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro, discutiu a questão com Kirill, que causou polémica ao justificar a invasão russa do país vizinho.
Segundo um comunicado divulgado pelo patriarcado de Moscovo no final do encontro, “as partes sublinharam a importância fundamental do processo de negociações em curso, expressando a esperança de que se alcance rapidamente uma paz justa”.
Os dois líderes religiosos reuniram-se em Havana em 2016, naquele que foi o primeiro encontro entre um patriarca ortodoxo e um papa católico desde o cisma de 1054.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de 4,8 milhões de pessoas, mais de três milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU — a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 21.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares.
Embora admitindo que “os números reais são consideravelmente mais elevados”, a ONU confirmou hoje pelo menos 726 mortos e 1.174 feridos entre a população civil, incluindo mais de uma centena de crianças.
ANC // JH