A ideia ficou clara durante a campanha das presidenciais americanas: Joe Biden e Kamala Harris (vice-presidente-eleita) querem dar um rumo completamente diferente à luta contra a Covid-19. Na sexta-feira, véspera de serem conhecidos os resultados da Pensilvânia e, com isso, ser clara a sua vitória nas eleições, Biden avisava que queria pôr em prática o plano para controlar o coronavírus “a partir do primeiro dia”.
Com o 20 de janeiro a mais de dois meses de distância – e com os modelos da Universidade de Washington a preverem mais 135 mil mortos até lá – o presidente-eleito já publicou esse plano no site dedicado à transição, com as promessas à cabeça de “ouvir a ciência” e “promover a confiança e a transparência”.
Os sete pontos do plano Biden-Harris para combater a pandemia:
- Assegurar que todos os americanos têm acesso regular, de confiança e gratuito a testes (o que inclui a duplicação do número de locais de teste em sistema drive-through);
- Resolver de vez os problemas do equipamento de proteção individual (com o aumento da proteção de máscaras e viseiras de modo a que a disponibilidade exceda a procura);
- Providenciar às comunidades diretrizes claras, consistentes e baseadas na ciência sobre como lidar com a pandemia (aqui entram ordens ao CDC para que guie as populações acerca do risco na comunidade, incluindo quando abrir ou encerrar certos negócios, como restaurantes, escolas, quando ficar em casa);
- Distribuição eficaz e justa de tratamentos e vacinas (com um investimento de 25 mil milhões de dólares para o fabrico e distribuição de vacinas que garanta o acesso gratuito a todos os americanos);
- Proteção dos mais idosos e dos grupos de maior risco;
- Reconstruir e expandir as defesas para prever, prevenir e mitigar ameaças pandémicas, “incluindo as que vêm da China”;
- Trabalhar com os governadores e mayors para implementar o uso obrigatório de máscara em público;
Joe Biden deverá anunciar ainda esta segunda-feira uma task force, composta por vários especialistas, para lidar com a pandemia, que, segundo o New York Times, começará a trabalhar já durante o período de transição.