No domingo, 25 de Fevereiro de 2024, um homem chamado Aaron Bushnell dirigiu-se aos portões da embaixada de Israel em Washington, D.C., e imolou-se pelo fogo. As suas últimas palavras foram: “Libertem a Palestina.”
Nos momentos que antecederam a sua morte, Bushnell falou com mais lucidez e maior clareza moral do que quase qualquer político ocidental. Não é pouca coisa desvalorizar o acto de um homem assim, um homem cuja morte deixa um abismo de dor, não apenas pela natureza do que fez, mas pelo facto irrefutável de que o mundo, no decorrer dessa acção, perde uma voz rara, inabalável na sua orientação para a justiça.