O novo secretário da Saúde e Serviços Humanos dos EUA e ex-candidato presidencial – primeiro, em alternativa interna ao democrata Joe Biden, depois como independente – já lidou com um problema de saúde, no mínimo, inusitado. Em 2010, aos 56 anos, depois de ter perdas de memória e confusão mental, Robert F. Kennedy Jr. fez tomografias cerebrais, em que foi registada uma mancha escura. Ao jornal The New York Times revelou, no ano passado, que na altura o médico acreditava tratar-se de um parasita que lhe entrou no cérebro, comeu uma parte e depois morreu.
Membro de uma das famílias mais poderosas da América, com ligação direta ao Partido Democrata, mas também uma das mais malfadadas (assassinatos, acidentes de avião, escândalos e overdoses), Robert F. Kennedy Jr. é o terceiro de 11 filhos de Robert Kennedy, senador, procurador-geral e candidato presidencial dos EUA (1968), e sobrinho do 35º Presidente dos EUA, John F. Kennedy, entre 1961 e 1963, ambos assassinados. É compreensível que a sua decisão de apoiar o republicano Donald Trump, ainda durante a campanha, tenha causado mal-estar e tensão entre ele e a família.