Cinco pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas na sequência de um ataque a um mercado de Natal que decorria esta sexta-feira na cidade alemã de Magdeburgo. Um homem – entretanto já identificado e detido pelas autoridades – avançou sobre a multidão com um automóvel atingindo as inúmeras pessoas que se encontravam no local pelas 19h locais (18h em Lisboa). O número de vítimas tem sido atualizado desde ontem pela imprensa alemã e foi o jornal alemão Bild o primeiro a indicar que o número de mortos subiu para cinco. A notícia foi depois confirmada por um responsável estatal, citado pela agência Reuters.
Cerca de 86 pessoas encontram-se hospitalizadas na sequência de ferimentos provocados pelo ataque, 41 das quais estão em estado grave. Entre as vítimas mortais está uma criança pequena.
Segundo a ministra do Interior da Saxónia-Anhalt, Tamara Zieschang, o autor do ataque é Taleb A., um médico natural da Arábia Saudita, de 50 anos, que vive na Alemanha desde 2006, tendo recebido o estatuto de refugiado em 2016. De acordo com o The Guardian, o suspeito era consultor na área de psiquiatria e psicoterapia.
O suspeito foi detido no local e terá sido encontrado um engenho explosivo no interior da viatura. Os motivos do ataque ainda não são conhecidos, mas tudo indica que terá agido sozinho.
Numa visita ao local do ataque esta manhã Olaf Scholz, chanceler alemão, condenou o “ato terrível de ferir e matar tantas pessoas com tamanha brutalidade” e referiu que “não se pode descartar a possibilidade de existirem mais mortos”, uma vez que o número de feridos graves é elevado. “É importante para mim que nos mantenhamos unidos enquanto país, que o ódio não determine como vivemos em conjunto”, sublinhou.
Já Reiner Erich Haseloff, chefe do governo estadual da Saxônia-Anhalt, classificou o ataque como “catástrofe para a cidade de Magdeburgo, para o estado e para a Alemanha em geral”, disse.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também manifestou “a sua profunda consternação perante o ataque horrendo num mercado de Natal em Magdeburgo, na Alemanha” e reiterou “o repúdio de toda a violência contra civis”, através de um comunicado.