“As relações com a Rússia estão no nível mais baixo da história moderna da República da Moldova”, disse Mihail Popsoi numa entrevista à televisão moldava, citado pela agência espanhola EFE.
Popsoi atribuiu o mau momento das relações à “dura realidade na região” após a Rússia ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, dando início a uma guerra ainda sem fim à vista.
“Enquanto os ucranianos estão a viver horrores indescritíveis todos os dias, não vemos premissas para melhorar as nossas relações com a Rússia”, afirmou.
Popsoi recordou que o documento de estratégia de segurança da Moldova, um país que aspira a aderir à União Europeia (UE), identifica a Rússia como a maior ameaça à segurança nacional.
“O documento diz preto no branco que a Rússia é a principal ameaça à segurança nacional da Moldova”, afirmou.
Segundo o documento aprovado em dezembro de 2023, Moscovo é uma ameaça pela guerra na Ucrânia, pela presença de tropas russas na região separatista moldava da Transnístria e pelos ataques híbridos a Chisinau.
A Presidente moldava, Maia Sandu, pró-europeia, defende a realização de um referendo na antiga república soviética sobre a adesão à UE, o que tem a oposição dos partidos pró-russos.
De acordo com dados preliminares, esse plebiscito poderia realizar-se no outono deste ano, coincidindo com as eleições presidenciais do país, nas quais Sandu tentará a reeleição.
Com cerca de 2,5 milhões de habitantes, a Moldova situa-se entre a Roménia e a Ucrânia.
A região da Transnístria ganhou destaque após o início da guerra na Ucrânia devido aos laços com a Rússia e à sua importante posição geoestratégica.
Kiev chegou mesmo a denunciar alegadas incursões russas na Ucrânia ocidental a partir da região separatista.
A Rússia mantém um contingente de 1.500 soldados na Transnístria, cujos separatistas pró-Moscovo controlam o território desde a guerra civil na Moldova, em 1992.
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