O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol nomeou hoje oficialmente um novo diretor do serviço de informações do país, dois dias depois da Coreia do Norte ter testado um alegado míssil balístico intercontinental.
O novo diretor do Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul, Kim Kyou-hyun, começou a carreira como diplomata em 1980 e ocupou vários cargos ligados aos Estados Unidos, o principal aliado militar sul-coreano.
Kim foi vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e, mais tarde, vice-conselheiro de segurança nacional sob o governo de Park Geun-hye, entre 2012 e 2017.
A nomeação de Kim, que substitui o político veterano Park Jie-won, tinha sido aprovada pelo parlamento na quinta-feira.
Durante a audiência de confirmação no parlamento, Kim prometeu fortalecer a capacidade do país para espiar a Coreia do Norte, com quem está tecnicamente em guerra há mais de 70 anos.
Kim expressou ainda ceticismo em relação à vontade de Pyongyang de abandonar o seu programa de armas nucleares.
Segundo a Coreia do Sul, o Norte testou na quarta-feira um míssil balístico intercontinental, pela primeira vez desde março, e dois outros mísseis balísticos.
Com os novos disparos de mísseis, ascendem a 18 os lançamentos da Coreia do Norte desde o início do ano.
Poucas horas depois do lançamento, a Coreia do Sul renovou a chefia do Estado-Maior Conjunto, com a nomeação do general Kim Seung-kyum para a liderança do órgão.
Foi a primeira renovação de altos oficiais militares em Seul desde a posse do governo do presidente Yoon Suk-yeol, em 10 de maio.
No dia em que tomou posse, Yoon disse ter “um plano ousado” para melhorar a economia da Coreia do Norte, caso o país abandone as aspirações nucleares. A oferta não teve resposta por parte de Pyongyang.
No final de abril, peritos do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais dos EUA disseram que imagens de satélite revelam um elevado volume de atividade no local de ensaio nuclear norte-coreano em Punggye-ri, no nordeste do país.
Segundo os peritos, as imagens mostram “que estão em curso os preparativos” para o que seria o sétimo teste atómico do regime e o primeiro desde 2017.
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