De zero a 10, Portugal tem um nível de felicidade de 6,016. Esta é uma das conclusões a que chega o mais recente Relatório Mundial da Felicidade de 2022, elaborado pela Nações Unidas, que indica que Portugal se encontra em 56º lugar, subindo duas posições em relação ao ano passado. A Finlândia continua a ser o país onde se é mais feliz, pelo quinto ano consecutivo.
Com o objetivo de revelar quão felizes os cidadãos são, o relatório analisou 146 países, com base em seis critérios distintos: através do PIB per capita, da expectativa de uma vida saudável, dos apoios sociais, da liberdade individual, da generosidade e da perceção de corrupção.
A pouca generosidade do povo português, segundo o relatório, é um dos aspetos que faz com que o País se encontre num nível mais baixo na escala. Também a pouca perceção da corrupção é um peso nesta medida. Mesmo assim, o que eleva Portugal no ranking é o PIB per capita, a expectativa de uma vida saudável, os apoios sociais e a liberdade individual.
John Helliwell, um dos responsável pelo ranking, explica que o relatório deste ano foi realizado no meio da pandemia de Covid-19 e que isso pode ser benéfico para a análise. “Agora que temos dois anos de evidências, podemos avaliar não apenas a importância da benevolência e da confiança, mas ver como elas contribuíram para o bem-estar durante a pandemia”.
Assim, afirma, descobriu-se “durante 2021 um crescimento notável em todo o mundo em todos os três atos de bondade avaliados na pesquisa Gallup World. Ajudar estranhos, o voluntariado e as doações em 2021 aumentaram fortemente em todas as partes do mundo, atingindo níveis quase 25% acima do pré-pandemia”.
Em 2019, Portugal tinha subido 11 posições, estando no 66.º lugar, tendo depois em 2020 chegado ao 59.º lugar. Agora, fica à frente de países como a Grécia, China, Rússia, Ucrânia ou Turquia.
No fundo da lista, está o Afeganistão, “lembrando-nos dos danos materiais e imateriais que uma guerra pode causar às suas vítimas”, diz Jan-Emmanuel De Neve, também responsável pelo ranking.
Desde que o Relatório Mundial da Felicidade foi lançado, há dez anos, tem havido um interesse crescente em medir o bem-estar e a satisfação com a vida. Todos os anos, o World Happiness Report compila dados dos três anos anteriores de pesquisas para aumentar o tamanho da amostra e permitir uma maior precisão.
