“Posso confirmar que o Governo enviou hoje [terça-feira] uma notificação ao Congresso a informar a retirada das FARC da lista de organizações terroristas”, destacou a fonte parlamentar norte-americana à agência AFP.
Esta decisão surge na véspera do quinto aniversário da assinatura do acordo de paz que terminou com a guerra na Colômbia.
O porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price, tinha apenas adiantado anteriormente que seria divulgada uma “nota sobre os próximos passos” dados por Washington relativamente às FARC.
Esta guerrilha marxista integra desde 1997 a lista negra dos Estados Unidos, que permite aplicar sanções financeiras e diplomáticas contra certos grupos e os seus membros.
Em 24 de novembro de 2016, as FARC assinaram um acordo de paz com o então presidente colombiano, Juan Manuel Santos, na sequência de negociações que decorreram em Cuba.
Considerada a guerrilha mais poderosa da América Latina, com 13 mil combatentes, as FARC têm vindo a desmembrar-se, embora a paz continue frágil naquele país, que está ainda dividido e sujeito à violência.
Os antigos combatentes formaram um partido político — Comunes — que não tem expressão até agora.
“O processo de paz e a assinatura do acordo há cinco anos representaram uma verdadeira viragem para o longo conflito colombiano”, tinha destacado o porta-voz da diplomacia norte-americana.
Ned Price salientou que o acordo “encerrou cinco décadas de conflito” e permitiu colocar a Colômbia “no caminho de uma paz justa e duradoura”.
“Fizemos tudo para a preservar. Continuamos totalmente comprometidos em trabalhar com os parceiros colombianos na implementação do acordo de paz”, garantiu.
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