Até 24 de dezembro, qualquer pessoa que trabalhe com o público deverá estar totalmente vacinada, caso contrário poderá ser despedida e ter de pagar uma multa de cinco mil dólares australianos (3.175 euros), anunciou o executivo daquele estado australiano.
O vasto Território do Norte estende-se da cidade de Darwin até Alice Springs e Uluru, uma área três vezes maior que Espanha.
Ali vivem um grande número de comunidades aborígenes e de populações remotas particularmente vulneráveis.
Apesar de mais de 80% da população adulta da região ter recebido pelo menos uma dose da vacina, o chefe do executivo do Território Norte disse que em algumas áreas as pessoas continuam hesitantes em relação à vacinação ou não estão dispostas a fazê-lo.
“Estou a assegurar-me que estamos a fazer tudo o que podemos para que todos sejam vacinados”, disse Michael Gunner.
Noutras partes da Austrália, a vacinação contra a covid-19 já é obrigatória para profissionais de saúde e professores.
A medida do Território do Norte vai mais longe do que as adotadas pela maioria dos países.
Desde o início da pandemia, o Território do Norte registou apenas 214 casos de covid-19 e nenhuma morte, mas as autoridades alertaram que é pouco provável que a situação se mantenha controlada.
“Um dia, talvez em breve, [o vírus] estará aqui e ficará por aqui. Teremos de viver com isso”, disse Gunner.
A covid-19 provocou pelo menos 4.853.570 mortes em todo o mundo, entre mais de 238,15 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.056 pessoas e foram contabilizados 1.076.358 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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Lusa/FIm